Interferência Externa
O ser humano é dotado de intelecto, que é a faculdade de entender, possuir entendimento ou inteligência, possuir a capacidade de compreender, entender, conceber, mais especificamente é a faculdade ou atividade cognitiva inata ao ser humano, com a capacidade para dar sentido, restrições, regras e dimensões ao universo e seus habitantes, significa dizer que o ser humano tem a capacidade de pensar, analisar e entender, a capacidade de evoluir constantemente e até se reinventar.
O ser humano possui também um alter ego, uma outra representação ou natureza do próprio ego, um dos três elementos que, segundo Freud, compõem o aparelho psíquico, junto com o “id” e com o “ego”, alguém que se considera uma segunda versão de si próprio, uma pessoa em que se confia plenamente, um verdadeiro amigo, o seu eu interior, uma espécie de núcleo da sua personalidade onde se localiza a sua verdade, os seus desejos, crenças e valores em sua forma mais primitiva, sem a interferência de nenhum fator externo à esse núcleo.
Podemos dizer que o intelecto é a ferramenta utilizada pelo alter ego para evoluir e agregar valores ao “ego” e ao “id”, que compõe junto de si a pessoa que é cada ser humano, neste processo evolutivo toda informação que é externa a esse conjunto precisa ser analisada para poder agregar, mas filtrar as informações que serão analisadas é um processo ainda mais importante, porque a interferência externa nem sempre auxilia e produz benefícios, podendo inclusive ser muito prejudicial e atrapalhar o aprendizado continuo que nos permeia durante toda a vida.
Mas como identificar qual é a interferência externa que deve ser analisada e qual não deve ser considerada?
Esta é a maior dificuldade no processo de filtrar aquilo que realmente tem o objetivo de ajudar e aquilo que vai atrapalhar, não existe fórmula secreta nem manual de instruções que você segue os passos e chega ao objetivo final, é preciso ser cuidadoso e zeloso para que tenhamos sempre as melhores escolhas vislumbradas pela visão e pelo coração e para isso temos algumas premissas a considerar.
A primeira premissa a ser considerada é que somos altamente influenciáveis, muitas são as interferências externas no decorrer da vida, algo que vimos ou ouvimos, algo que nos foi dito, algo que imaginamos, um filme, um livro, o exemplo de alguém, é preciso ter certeza que cada informação recebida toque o coração para ser analisada e interferir no nosso processo evolutivo, ter a certeza de que vai agregar e que vale a pena se tornar uma interferência.
A segunda premissa a ser considerada é que somos regidos pelas emoções a todo tempo, elas tem o poder de obstruir nossa visão e de alterar a nossa percepção, logo nada deve ser decidido e sequer considerado quando não estamos em posição calma e serena, quando não temos certeza de que estamos sendo controlados pelas emoções em vez de controlá-las como deveríamos.
A terceira e mais importante premissa a considerar é que nós e somente nós somos responsáveis pela maneira que a interferência externa nos atinge e nos transforma, somente aquilo que você permite é capaz de te transformar e interferir no seu processo evolutivo, independente de interferir auxiliando ou prejudicando, você sempre será o responsável pela absorção ou não desta interferência externa.
O mal não está na palavra proferida, na flecha lançada, na bala atirada, se não existir um alvo encontrado por elas, não existe racismo, preconceito, desprezo, se não tiver um coração para que eles sejam instaurados, não existe ofensas se não existir uma audição que as capite, não existe interferência externa que te prejudique se você souber o que realmente vale a pena ouvir e permitir que se torne interferência.
E ai, vai permitir que as mensagens (explicitas e subliminares) existentes neste texto interfiram?
CaeGomes