Marcas de um DNA

20/08/2012 0 Por Dudu

Conheço alguém que esta começando a se recuperar de um grande “golpe” da vida, na verdade nos dias atuais quem é que não conhece ou até mesmo não se encontra nessa situação? Nos dias atuais as grandes dificuldades estão se tornando cada vez mais cotidianas e acredito que de modo geral, a população tem se tornado cada vez mais inculta, superficial, incrédula e relapsa e por isso estamos em um momento de “equalização natural”, um momento onde grandes lições devem ser ensinadas e as grandes lições vêm com grandes “golpes”.
Este momento da recuperação – o inicio – é o momento mais essencial de todo golpe que a vida nos dá, pois inicialmente ficamos atordoados e doloridos, desesperados e depressivos, em seguida vem a fase da conscientização de que realmente o golpe é verídico e que não tem como voltarmos atrás, ai vem a fase do inicio de nossa recuperação, onde começamos a refletir e analisar o que aconteceu, quais os motivos que levaram ao golpe e até mesmo se houve motivo para tal golpe ter sido desferido e neste momento é que direcionamos os nossos caminhos.
Quando começamos a refletir sobre a dificuldade, começamos a descobrir as verdadeiras lições que a vida esta nos proporcionando e nos direcionamos para os caminhos que acreditamos serem os mais adequados para nosso futuro, baseados naquilo que imaginamos que iremos aprender, pois estamos apenas no inicio de nossa recuperação, teremos ainda que assimilar as lições e crescer com elas.
Mas essas lições nos deixam marcas, nos modificam, se fundem ao nosso DNA, passa a fazer parte de nós, para o bem ou para o mal, essas mudanças se fazem permanentes e a maneira ao qual as assimilamos dizem muito sobre nós e também sobre quem seremos nós futuramente e quais caminhos iremos “preferir” para a continuidade de nossa jornada.
Não posso mensurar qual o caminho ideal nem mesmo para mim, o dinamismo da vida é intenso e agressivo e por isso a todo instante temos um novo cenário, mas posso afirmar com toda certeza que você deve sempre refletir sobre as dificuldades da vida sem perder tempo com as lamentações por terem tido dificuldades, se as dificuldades servem para evoluirmos à medida que assimilamos e aprendemos, porque focar no motivo delas existirem? A reflexão leva ao entendimento e o entendimento leva ao aprendizado que traz grandeza e evolução.
Sempre imaginamos que sofremos sozinhos, que não existe amigos para todas as horas e que não podemos contar com ninguém na hora em que mais precisamos, mas nossas melhores lições são aprendidas com a reflexão e a introspecção, logo, não deveríamos ficar nos lamentando por estarmos sozinhos, se é sozinho que refletimos e concluímos, sozinhos nos conhecemos melhor, nos achamos e nos perdemos, sem levar em conta que sempre teremos a presença de Deus nos guiando mesmo que distante e sem interferir no livre arbítrio, pois não entrarei nesse mérito da questão.
Já vi e ainda vejo pessoas sofrendo sozinhas, extremamente derrubadas e em conflito interno, mas em seu exterior aparentando serenidade e força, num misto de desejo de acordar e perceber que tudo não passou de um pesadelo, com vontade de esconder para que não fiquem perguntando, questionando e fazendo com que sejamos reféns da memória que desejamos apagar e acredito que isso faça parte do processo, cada ser reage a sua maneira, assimila e luta também a sua maneira e não existe padrão, não existe um roteiro a ser seguido, como uma receita de bolo a qual você segue e mesmo assim ainda existe a possibilidade de perder o ponto, de ficar cru ou queimado, de perder a mão e não chegar ao resultado esperado, a vida é dinâmica e precisamos nos adaptar a todo instante.
Não tenhamos medo de seguir o coração, de seguir nossos instintos, se um deles nos pede para sofrermos sozinhos, façamos, sem receio de não alcançar o êxito, pois as lições se fazem presentes no sucesso e no fracasso, mas também não tenhamos medo de compartilhar a dor se for de vontade de nossos instintos ou de nosso coração, pois o compartilhamento também nos traz ensinamentos magníficos e satisfatórios.
O mais importante é estarmos sempre em evolução, sempre conectados ao nosso eu interior, sempre em reflexão, observando as lições que nos são disponibilizadas, mas também nunca esquecendo que devemos agir após decidir.
Depois de toda tomada de decisão vem a implementação pratica da mesma, arregacemos as mangas e mão a obra, pois quem esta em obra somos nós e jamais devemos nos satisfazer com a porcentagem já realizada, visando sempre um aumento na produtividade do que ainda esta por ser construído.
CaeGomes