Superficialidade
Aqui estou mais uma vez para abordar um assunto bastante comum nos dias de hoje, mas que infelizmente não deveria nem existir, o que eu chamo de “personalidade rede social”.
Hoje vivemos em mundo conectado, redes sociais, internet no celular, tablets, wi fi, diversos recursos que nos fazem trocar informações constantemente, porém muitas vezes ilusoriamente.
Eu já postei aqui no blog sobre isso, poderia escrever por horas sobre o que acredito que você que me lê, deve ou não fazer, qual a postura que acredito que deve ou não ter, mas prefiro abordar o tema sob outra ótica, apenas refletindo sobre os benefícios de “mostrar” na grande rede.
Você deve estar se questionando neste momento, quais os benefícios existentes nos compartilhamentos de informações na rede? Pois bem, esse é o ponto crucial, o que ganhamos mostrando à rede? O que ganhamos provando estarmos certos? O que ganhamos dando a última palavra, retrucando, ameaçando, argumentando através da rede? Talvez o benefício de ter a razão? O prazer de mostrar que estamos certos? O prazer de fazer pensar que estamos bem, que estamos melhores do que aquele que nos lê? Mostrar que somos vitoriosos? Mas pergunte-se qual o sucesso de mostrar a alguém minha conquista? Qual a gratificação de provar que é melhor que alguém?
Vejo o tempo todo acontecer situações em que uma determinada pessoa faz algum tipo de comentário a respeito de outra na rede, onde não condiz com a realidade, ou alguém que esta triste, nervoso, irritado, com algo que acontece na vida real e “ataca” uma determinada pessoa ou um grupo de pessoas pela rede social, mandando indiretas, fazendo provocações ou até mesmo com insultos declarados e direcionados abertamente em casos mais extremos ou pessoas com maior raiva, o que para mim na verdade significa ter menos noção e mais descontrole, ter menos maturidade e menor visão.
Não ganhamos nada com essas provocações, não ganhamos nada em mostrar que estamos bem ou mal, na verdade tenho notado que as pessoas tem tido o hábito de se preocuparem demais com a opinião alheia e acabam por não se preocupando com a própria opinião, buscam sempre mostrar em primeiro lugar, deixando assim as rédeas de suas próprias vidas sob o gerenciamento da opinião alheia, do senso comum, do acaso.
Devemos nos preocupar com a nossa opinião, nossa vontade, nosso desejo, devemos buscar nossos objetivos e nos preparar para alcança-los, não importa o que pensam de nós e até mesmo o que dizem sobre nós, desde que tenhamos a certeza que estamos no caminho certo, que estamos agindo de acordo com nossas convicções e nossas crenças, essa deve ser a premissa de nossas vidas, o livre arbítrio é individual bem como a responsabilidade pela consequência de nossas escolhas, sabendo disso, porque perdermos tempo querendo mostrar ao outro, mostrar à sociedade, mostrar a quem quer que seja sendo que eles não tem (ou pelo menos não deveriam ter) nada a ver com nossas ações e não devemos baseá-las nos outros dessa maneira.
Aquele que somente olha para fora, não enxerga o interior, o alicerce é interno e é responsável pela sustentação, o externo nada mais é que um simples layout, um simples modelo a ser visualizado por todos.
Mais errado é aquele que permite ser atingido pelas superficialidades não aqueles que a praticam, essa é a raiz do problema, bem como diria o mestre Bezerra da Silva na letra de um de seus sambas: “Para acabar com a malandragem, tem que matar e comer todos os Otários”.
CaeGomes