Pré-conceitos e Pré-valores
É comum ver alguém e imaginar que este alguém é arrogante, chato, mal encarado e após conhecê-lo ver que cometeu um engano, o mesmo ocorrendo com o cenário inverso, imaginar ser uma boa pessoa e a mesma não ser.
Isto se dá devido ao “pré-conceito” e aos “pré-valores” que habituamos em formular sobre pessoas antes mesmo de conhecê-las, baseados única e exclusivamente na analise visual.
Não são todas as pessoas que transparecem o seu ser e sua personalidade, o que ocasiona essa má formulação de valores e conceitos sobre o próximo, dificultando o relacionamento e evidenciando as diferenças entre as pessoas tanto no âmbito profissional como no âmbito pessoal.
Não é preciso “baixar a guarda” para conhecer uma pessoa da maneira que ela realmente é, podemos dar uma oportunidade de conhecer o próximo sem o julgar e sem formulação alguma, mesmo que nosso primeiro impacto nos alerte para uma repulsa ou um afastamento.
Usemos este impacto como mecanismo de atenção, mas com a mente aberta e totalmente receptivos às informações captadas para a formulação do conceito sobre alguém, assim certamente quando da formulação, estaremos mais próximos da realidade deste ser.
Os valores e conceitos mal formulados nos trazem um índice maior de injustiças cometidas e maior dificuldade nos nossos relacionamentos, estreitam os elos sociais e acentuam as diferenças comportamentais e de personalidade, reduzindo assim as nossas oportunidades de crescimento e aprendizado com a troca de informações dos relacionamentos do dia-a-dia.
Vale lembrar que entre a Razão, a Emoção, a Intuição e o Sentimento (percepção), valioso é encontrar o ponto de equilíbrio e usar todos os sentidos em conjunto, tornando-se assim uma pessoa mais centrada e assertiva.
Paradigmas são difíceis de quebrar e assim sendo, precisamos ficar atentos às nossas formulações, pois são hábitos que dificilmente identificamos, sendo mais difícil ainda de serem mudados.
Carlos Eduardo P. Gomes